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Mostrando postagens de janeiro, 2017

Transbordar.

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  Objeto descartável, dias cinzentos e frios, lembranças que nunca se vão, anos perdidos, prisão mental e física, boneca de porcelana, para eles, sem sentimentos, mas ela transbordava tudo. Choros na madrugada, nojo de sí, Porque ninguém a tira de lá? Porque ninguém a procura? Ela só era uma criança, mas toda sua inocência havia sido levada, ela implorava todas às noites, mas ele não a ouvia, o seu Deus a abandonou, ela só tinha sí e o pequeno bebê que carregava dentro dela, era tão frágil quanto á garota, era doce como ela, antes de ser usada como um copo descartável.   Agora ela chora, chora, chora, ninguém á escuta, todos são superficiais de mais para entender tanto sentimento a transbordar, o doce bebê que ela carregara no ventre, hoje já é uma menina, que toma para sí, todas as características da jovem mãe.   A pequena menina veio por meio de uma desventura, para não se dizer que veio de um pesadelo. Mas ainda sim, ela é o sol da manhã para aquela jovem mãe, debru...

Mãe também precisa de colo.

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  Ser mãe dói. Dói quando não há ninguém para te dizer que irá ficar tudo bem, dói quando o filho chora e você está exausta por não conseguir dormir no mínimo 5 horas de sono, por não conseguir tomar banho, por comer as pressas, e nem se quer ter tempo de de escovar os dentes.   Ser mãe dói. Dói quando julgam a forma no qual você cria seu filho, dói quando te dizem que você não deve estar triste, deve estar sempre feliz, pois um filho é um presente de de Deus.   Ser mãe dói. Dói quando o filho pede colo, mas você é quem precisa de colo. Ser mãe dói. Dói quando você descobre que está grávida, mesmo tendo planejado ou não, porque tudo acontece muito depressa, você fica com medo, e o que te contaram sobre a gestação, não é real, não é um um conto de fadas, pois você está carregando um alguém dentro de si, uma parte de você, e ele sente fome, então sua fome vai redobrar, ele cresce, e você vai engordar, a gravidez vai te trazer tantos hormônios, que você vai achar estar louc...

Crescer dói.

Sinto falta de mim, e principalmente, de como as pessoas me tratavam quando "eu" era eu. Talvez seja só mais um pesadelo interminável, mas na verdade, é só mais uma história que ninguém vai ler, só mais uma garota perdida, uma vida chegando ao fim, essas vozes sempre me dizendo que não, eu não posso, não sou suficiente, nunca fui. Sinto falta da Gabriela de 4 anos de idade, mesmo em meio a tudo aquilo, tinha uma família, não era a melhor, mas era algo, era melhor que solidão, mas nunca falo da solidão real, e sim aquela que vêm de dentro, a interna, que faz com que eu viva sozinha dentro de mim. Talvez eles tenham razão, eu mereço isso tudo, por nunca ser boa suficiente, por ser um peso, um lixo. Só quero algo que faça eu me sentir viva, não importa se é momentâneo, mas por outro lado, a ética, bons costumes, meu valor moral, não me permitem, já fui "liberal",...

Passado, presente, Eu.

Ele fazia eu me sentir menor, me sentir mal por sentir de mais, eu sempre estava errada, eu nunca sabia de nada, era um simples objeto preso ao seu dono, sem chance de fuga. No primeiro ano achava que a prisão era física, e sim, foi por alguns meses, mas depois... A prisão era mental, ele dizia que eu não tinha escolha, não havia saída, ele me prendeu dentro da minha própria mente, e hoje, eu ainda me pego presa a esse passado, é algo que nunca se vai, por mais que eu tente, porque querendo ou não, vou ter alguém em minha vida para me lembrar isso até minha morte. Ela nunca teve culpa, ele foi na verdade, a minha salvação, minha luz no fim do túnel, foi a melhor coisa da minha vidinha insignificante, e veio de um dos piores momentos. Eu nunca costumo falar disso, na verdade, até em pensamento me nego lembrar, mas não posso, não posso, não posso, eu não posso mais ter isso só pra mi...

Querer sumir não é pedir de mais.

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  Hoje foi um dia comum, não fiz nada de interessante, apenas cuidei da Minha filha , naveguei na internet como de hábito, e só.   Mas, de um mês para cá, eu percebi que aquela sensação de 'tanto faz" se foi, e deu novamente lugar para a tristeza que dilacera o coração.   Estou com muito receio de voltar com o tratamento psicológico/psiquiátrico, pra falar a verdade, não sei mais o que fazer, pois essa tristeza toda, me deixa tão frágil, e eu tenho medo de tentar fazer qualquer coisa que seja, e me machucar ainda mais.   Eu sei que tenho que sair da minha zona de conforto, mas é tão difícil com todo esse peso nas costas, é tão difícil fazer isso sozinha, sem alguém que realmente queira me ouvir, ou talvez, só me abraçar.   Dizem que depois que temos filhos, nunca mais ficamos sozinhas, mas, mesmo sabendo que ela sente quando estou mal, ela não entende, ela não pode vir e me dizer que vai ficar tudo bem, ou me dizer o que devo fazer.   T...

A família também pode fazer mal.

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  Hoje eu sinto que minha vida será sempre a mesma, por mais que eu tente mudar, por mais que eu tente melhorar, eu percebi que o problema não sou eu, nunca fui eu, e sim as pessoas nos quais eu convivo.  Toda vez que saio de casa, sinto a diferença, eu me divirto, sorrio pra valer, mas me estresso também, fico mal, só que isso é raro, e logo ao chegar em casa, já têm brigas, raiva, tristeza, a vontade de sumir logo aparece.  Uma vez meu psiquiatra me disse, que eu devia observar o ambiente ao meu redor, pois ele reflete nas minhas atitudes, e hoje, parei pra pensar seriamente nisso, e agora estou escrevendo para não esquecer, não esquecer que o problema não sou eu, e sim o local onde vivo, as pessoas com quem moro, e toda vez que penso nisso, lembro de uma coisa que li a muito tempo atrás, que não importa quem seja, se essa pessoa/ambiente, te deixam mal, você deve se afastar, até mesmo se for sua família.  Faz tempo que penso em sair daqui, ter minha própria casa, ...