Crises, A pressão do fim de ano, maternidade e os "fins".

Final de ano é sempre a mesma coisa:

Crises de ansiedade, crises depressivas, mudanças de humor maiores que o comum, compulsão alimentar, compulsão por compras, mais crises depressivas, cobranças minhas sobre coisas que não consegui fazer, lembranças de um passado distante.

Quando criança, eu achava que as melhores coisas das festas de final de ano eram os presentes, depois eu achava que a comida era a melhor coisa, depois, eu achava que a família toda reunida era o que realmente importa, depois, a única coisa com que eu me importava eram as bebidas, e agora, pra falar a verdade, tanto faz, desde que minha filha esteja bem e comigo.

Tenho tido muitas crises e percas de ânimo (apetite principalmente) nesse último mês.

Com toda certeza isso é o "efeito" de fim de ano, pois me pego pensando nas coisas que mais uma vez não fui capaz de terminar, nas coisas que se quer comecei, e se nesse novo ano que se aproxima, as coisas vão oiorar ou melhorar.

Eu estava planejando alguma forma de passar a virada de ano, já mudei de idéia várias e várias vezes, fiz uma lista de coisas que tenho que comprar, comprei algumas e já mudei de idéia novamente sobre o que comprar, e pra ser sincera, eu se quer consigo ir a escola, deveria ter ido fazer uma prova ontem, mas a fadiga não me deixa estudar.

Estou esperando esse "efeito" de fim de ano passar, quero novos planos, afinal, quem não quer?!

Mas nesse momento, a única coisa que me importa, é se minha filha não está aprontando enquanto escrevo isso.

Minha mãe está cada dia mais distante, se quer se importa em perguntar como estou, ou quando irei voltar para às minhas consultas com o psiquiatra, e pra falar a verdade, não me importo mais com isso, eu só vou esperar todas essas festas acabarem, essa falsidade também, e vou procurar meu antigo psiquiatra como citei em um post anterior.

Se tudo isso estivesse me acontecendo à 4 anos atrás, eu provavelmente diria que era o fim pra mim, mas agora, depois de vários "fins", eu sei que isso nunca vai mudar, vai melhorar, porque com terapia, medicamentos, boas noites de sono e alimentação regrada, qualquer corpo e mente funcionam melhor, mas o meu sentir de mais, será sempre parte de mim, é o que eu sou.

E aprendi que enfrentar isso, é melhor que fugir de algo que não há como fugir, pois como posso fugir de mim?

Estou cansada de tudo, inclusive de mim, mas...
Que mãe em sã consciência se dá a oportunidade de desistir de "tudo"?

Não estou sã, mas minha filha será sempre minha prioridade, eu posso estar cansada, destruída, em pedaços, levantar de manhã um enorme desafio, mas eu não quero para minha filha o que eu vivo, por isso, estando bem ou não, eu tenho que levantar e ser forte, não por mim, mas por ela, e ninguém mais.

Só quero que você que esteja lendo isso, saiba que tudo passa, tanto a felicidade como também a tristeza, um deles pode estar mais presente em sua vida que o outro, mas nada é pra sempre.

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