16 de julho de 2016
Eu me sentia a pessoa mais amado do mundo quando entendiam minhas crises, minhas fobias, quando entendiam que quando eu levantava a voz do nada, não era por querer, era o borderline se manifestando e dizendo que ele é parte de mim.
Eu me sentia amada quando entendiam que eu não "furava" uma saída com amigos por mal, mas sim, porque a falta de ar, de ânimo, o pânico, suor, sensação de desmaio e até dor de barriga (risos) que a ansiedade me causa, não são brincadeira de criança.
Eu me sentia amada, quando mesmo chorando sem motivo, quando mesmo passando 2 dias sem banho, dias sem comer ou levantar da cama, ou até mesmo abandonando estudos, curso, relacionamentos ou oportunidade de trabalho, e por vezes me machucando (coisa que muita gente diz que é babaquice), chegava alguém e me dizia que ia tudo ficar bem, ou simplesmente, quando minha mãe me abraçava, e me chamava pra comer bobagens.
Mas, parece que não lembram mais que tenho sentimentos, e que meus problemas internos me privam de viver como uma garota de quase 17 anos.